sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FÉRIAS



VOLTAMOS EM FEVEREIRO ...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mestre Ramesh

Certa vez, perguntei para o Ramesh, um de meus mestres na Índia:
- Por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos, morrem afogadas num copo de água?
Ele simplesmente sorriu e contou-me uma história:
Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.
Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, orientou-lhe para ir ao Inferno.
E no Inferno, você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- "Você é um canalha! Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo!"
Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. Lúcifer, transtornado, desabafou:
- "Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno está insuportável, parece o Paraíso!" E fez um apelo:
- "Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e leve-o de lá!"
Quando Ramesh terminou de contar essa história, olhou-me carinhosamente e disse:
- "Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe trará de volta ao Paraíso."
Problemas fazem parte da nossa vida, porém não deixe que eles o transformem numa pessoa amargurada. As crises vão estar sempre se sucedendo e às vezes você não terá escolha. Sua vida está sensacional e de repente você pode descobrir que sua mãe está doente; que a política econômica do governo mudou e que infinitas possibilidades de encrencas aparecem.
As crises você não pode escolher, mas pode escolher a maneira como enfrentá-las. E, no final, quando os problemas forem resolvidos, mais do que sentir orgulho por ter encontrado as soluções, você terá orgulho de si mesmo.
Autor desconhecido

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nunca se perde por amar

Ele era um adolescente que acabara de ser dispensado pela namorada. Durante três anos, eles tinham compartilhado amigos e lugares favoritos. Agora ele estava só. Ela conhecera, durante as férias, um outro garoto pelo qual se apaixonara.

Paulo se sentia como a última das criaturas na face da terra. No treino de futebol, ele deixou escapar alguns passes e, pela primeira vez, sofreu várias faltas. Mal acabou o treino, lhe disseram que deveria comparecer ao escritório do treinador.

"E então, filho? Garota, família ou escola, qual dessas coisas está lhe incomodando?"

"Garota", foi a resposta de Paulo. "Como o senhor adivinhou?"

"Paulo, sou treinador de futebol desde antes de você nascer e todas as vezes que vejo um craque jogar como um novato do time reserva, o motivo é um desses três."

Paulo lhe falou que estava com muita raiva. Havia confiado na menina, dera a ela tudo o que tinha para dar e o que é que ganhou com isso?

"Boa pergunta", disse o treinador. "O que foi que você ganhou com isso?"

Tomou de várias folhas de papel e pediu a Paulo que pensasse sobre o tempo que passou ao lado da moça. Que listasse todas as experiências boas e ruins que conseguisse lembrar. E saiu, dizendo que voltaria dentro de uma hora.

Paulo começou a lembrar. Recordou do dia que a convidou para sair pela primeira vez e ela aceitou. Se não fosse pelo incentivo dela, ele jamais teria tentado uma vaga no time de futebol. Pensou nas brigas que tiveram. Não lembrou todos os motivos pelos quais brigavam, mas lembrou-se de como se sentia feliz quando conseguiam conversar e resolver os problemas. Foi assim que ele aprendeu a se comunicar e a buscar acordos. Lembrou-se também de quando faziam as pazes. Era sempre a melhor parte. Lembrou-se de todas as vezes que ela o fez sentir-se forte, necessário e especial.

Encheu o papel com a história dos dois, das férias, das viagens feitas com a família, bailes da escola e tranqüilos piqueniques a dois. E, na medida em que as folhas iam ficando escritas, ele se deu conta do quanto ela o ajudara a crescer e a se conhecer melhor. Ele teria sido uma pessoa diferente sem ela.

Quando, uma hora mais tarde, o treinador retornou, Paulo se fora. Deixou um bilhete sobre a mesa que dizia apenas: "Treinador, obrigado pela lição. Acho que é verdade quando dizem que é melhor amar e perder do que jamais ter amado. A gente se vê no treino."

O amor tem sempre um final feliz. Mesmo quando você discorda.
Autor desconhecido

enviado pelo Profº FERNANDO