segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A franqueza de Brás Cubas

Dia desses, alunos de uma escola particular, em razão de uma pesquisa sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, o clássico de Machado de Assis, indagaram-me a respeito dessa grande obra. O trabalho se baseava em algumas poucas perguntas cujo intuito aparentava buscar a inter-relação entre o romance e as circunstâncias atuais. A sutileza de Machado ultrapassa fronteiras cronológicas. Nisso está a essência de um clássico. E Memórias Póstumas de Brás Cubas, segundo todos os estudos, veio a se constituir em autêntico marco da literatura brasileira.
Li-o em 1994. Quem o leu sabe que a narrativa, em primeira pessoa, se baseia nas confissões de um personagem já falecido. No ato de nos apresentar um “defunto autor” reside a sua criatividade. Despido da existência humana, Brás Cubas, que viveu na sociedade carioca do século XIX, se sente livre para dizer o que pensa sobre a vida, a sociedade, as instituições, os modismos da época, a família e as pessoas, sem receio de contrapartida, sem medo de errar o alvo. Livre também para confessar as próprias mazelas e se autocriticar ao expor frustrações que lhe ocorriam. Como ele mesmo dizia, “nada como o desdém dos finados.”
Ao percorrer novamente os olhos pelo livro, percebo a anotação que havia feito em uma página de um trecho que considerara emblemático das intenções de Machado/Brás Cubas: “Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade. . . a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à própria consciência. . .”
Baseado em tal trecho, cá fiquei a imaginar a extraordinária distância da plena sinceridade do defunto autor Brás Cubas com o que se passa ao nosso redor no atual contexto político, seja em que nível for. Entenda-se a expressão contexto político em sentido amplo. Ela não se resume apenas aos políticos em si. Vai muito adiante, de modo a abranger os mais mesquinhos e gananciosos interesses privados. Aí estão os lobistas de empreiteiras, de máfias de bingos, de empresas que assediam mandatários, legisladores e até juízes Brasil afora, a fim de se locupletarem juntamente com os integrantes do Poder Público. Aí estão diariamente na mídia os nomes de praticantes de delitos contra o erário. Qual será a próxima denúncia?
Ainda com base no mesmo período, fiquei a imaginar se podemos confiar nas oposições que existem por aqui, por ali, por lá. Seriam oposições sinceras e dispostas a mudar o rumo da história, mesmo que com pequenas vírgulas da franqueza Brascubana, ou seriam apenas grupelhos de olhos em postos para fazer valer as falcatruas a seu modo?
Talvez não seja preciso tanto. Basta que haja grupos de bem-intencionados enquanto opositores, mas que, quando no Poder, esquecem seus propósitos de campanha, voltando a agir com lastro em idéias antes combatidas. Por acaso, isso nunca aconteceu entre nós? Há exemplo maior do que a “roubalheira” patrocinada pelo PT e por boa parte do Congresso agora na era Lula? Será que já se esqueceu de tudo?
Portanto, caros leitores, ao reler algumas das mordazes idéias da célebre personagem de Machado de Assis, o pessimismo volta a me assaltar. Mas é assim mesmo. Prefiro o pessimismo a qualquer onda de otimismozinho que não resiste à primeira tragada dos ventos. Se algo tiver que mudar, creio que o caminho do pessimismo me parece mais sólido. Ao menos, é o único que deixa transparecer a necessidade de algo mais. Nesse aspecto, me faço acompanhar de José Saramago.
Por outro ângulo, sinto uma pontinha de inveja de Brás Cubas. É a velha e boa vontade de dizer para muitos, sem intenção de ofendê-los, o que penso deles. Mas isso é coisa para o além, se eu não conseguir evoluir antes.

Alberto Calixto Mattar Filho, professor e servidor da Justiça do Trabalho (mattaralberto@terra.com.br), . . .

Formatação de trabalhos

Os trabalhos devem ser digitados conforme indicações abaixo:

a) tipo de papel – deve ser utilizado o papel branco, preferencialmente A 4;
b) escrita – digitado com tinta preta e somente um lado da folha;
c) paginação – as folhas do trabalho devem ser contadas seqüencialmente. A numeração exclui a capa.
d) margem - superior e esquerda = 3 cm; inferior e direita = 2 cm;
e) espaçamento – todo texto deve ser digitado com espaçamento 1,5 de entrelinhas;
f) letra – tipo de letra Times New Roman ou Arial tamanho 12
g) parágrafo – 2 cm da margem esquerda;
h) deve-se justificar o texto
i) citações entre aspas e em itálico.
j) destacam-se os títulos das seções, utilizando-se negrito.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Confusão


Me sinto tão pequena que não me encontro... Tão grande que não me alcanço...Tão perdida que não me acho...Tão livre que me tranco...Tão solta que me prendo...Tão esperta que me engano... Tão presa que me rendo... Tão calada que grito...Tão pra cima que caio...Tão calma que me irrito...Tão óbvia que me surpreendo...Tão fechada que me abro... Tão lúcida que enlouqueço... Tão prudente que me arrisco... Tão feliz que entristeço... Tão minha que me sinto sua... Tão bela que me sinto fera... Tão presente que me ausento... Tão flexa que erro o alvo...Tão confusa que compreendo que o que me sustenta não me basta!
Ana Lúcia Floresta
visite o blog: www.nalufloresta.blogspot.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fórum sobre o documentário "Nós que aqui estamos por vós esperamos"


A mistura de personagens anônimos com alguns rostos famosos de artistas, cientistas, intelectuais, dentre outros líderes faz mostrar neste documentário os diferentes níveis da experiência pessoal vivida por todos nós de uma forma geral. Porém, se vive e também se morre muitas vezes no anonimato, não havendo diferença nesta hora, a não ser pelo fato de que muitos morrem sem ao menos um lugar decente para descanso do seu sofrido corpo. Que cena deste documentário mais lhe chamou atenção para a banalidade da morte e por quê?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Cine Status - Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos


Dia 24/08 - próxima terça às 14:00 hs na sala 5 (terceirão)
convite a todos do ensino médio da nossa escola

A partir de recortes biográficos reais e ficcionais de pequenos e grandes personagens do mundo, Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos narra a história do século XX. Com 95% de imagens extraídas de arquivos, o filme pretende discutir a banalização da morte e por correspondência direta, da vida. Curiosidade: o título foi extraído do pórtico de um cemitério de uma cidade do interior de São Paulo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Trabalho de Sociologia - 1º A e B - Status


Desemprego!
Fale sobre suas causas
Pesquise também sobre as consequências deste
Os números no Brasil e no mundo
Possíveis soluções para este grave problema

Obs: trabalho individual
Se digitado deve seguir o padrão definido no início do ano(buscar no blog)
Qualquer dúvida podem me enviar por e-mail também
Entrega: dia 30 de agosto (impreterivelmente)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fim de férias


Queridos alunos ... Fim das Férias ...
Hora de voltarmos com tudo para finalizarmos com sucesso 2010...
Para pessoal do 1º ano do Status já temos tarefa marcada ...
abç.